Entender a criatividade como um processo é o primeiro passo para não perdê-la de vista.
Vivemos em uma realidade onde a imprevisibilidade é o que há de mais previsível. As tecnologias e o processo de digitalização, ainda mais acelerado depois da pandemia do Covid-19, ditam a velocidade rápida e dinâmica do nosso dia a dia. Diante desse cenário, como manter a criatividade “acesa”?
O fato é que práticas e ideias criativas, diferentemente do que o senso comum pensa, não nascem de um momento, não são frutos do acaso ou resultados de um pensamento acidental. A criatividade é um processo contínuo, facilitado por uma cultura de inovação e por estímulos diversificados. Saber criar um ambiente que estimule e dê estrutura para esse processo pode ser a chave para não perdermos o espírito criativo.
A criatividade como um processo
A criatividade é a habilidade de imaginar o que ainda não existe. É transformar algo novo em uma ideia e criar a partir disso. É uma ferramenta para a solução de problemas. E é agir sem medo de errar. Não importa o significado, a criatividade não é uma ação, mas sim um processo possibilitado por um ambiente que acolhe erros e dá segurança para a liberdade.
Esse processo começa no ambiente e continua por meio de hábitos. Dessa forma, fomentar um ecossistema criativo, com ferramentas e soluções disruptivas, capazes de mostrar a criatividade nos pequenos detalhes, faz parte da jornada. Ou seja, aceitar novas ideias, estar aberto a novos conhecimentos e estar disposto a arriscar, são parte do processo contínuo de criatividade.
Em 1926, o psicólogo social inglês da London School of Economics, Graham Wallas, desenvolveu uma teoria chamada “A Arte do Pensamento”. Essa teoria definiu, pela primeira vez, o processo da criatividade em quatro estágios: preparação, incubação, iluminação e verificação.
1. Preparação:
Nesse estágio o problema é definido e explorado. Em uma etapa consciente, o cérebro analisa e identifica informações e a forma do que está sendo questionado.
2. Incubação:
Também conhecida como “ócio criativo”, essa fase é processada no inconsciente. A solução do problema não está sendo procurada de forma consciente. A sua mente está buscando novas conexões de forma involuntária. O estágio da incubação é o momento onde deixamos a mente livre para a potência do aleatório entrar em ação. Afinal, os sonhos são geralmente muito criativos.
3. Iluminação:
Esse é o momento onde a luz se acende e faz PLIM. O clique de uma nova ideia acontece e o que antes era pura imaginação passa a ter diversas conexões com a realidade.
4. Verificação:
Hora de botar a ideia em prática. Experimentar e testar se o que foi criado no resto do processo de criatividade realmente faz sentido. Nessa etapa a ideia criativa é compartilhada e muitas vezes colocada em prática.
De fato a criatividade não é um único momento e nem é algo aleatório que vem “do nada”. Ela é um conjunto de atividades e ações que levam a criação de algo novo. E não tem início, meio e fim. Uma ideia em verificação pode ainda estar em preparação e em incubação. Ao mesmo tempo em que toma forma, o pensamento criativo não deixa de fazer parte de todo o processo.
Uma nova ferramenta tecnológica educacional, por exemplo, é colocada em prática. Ela é verificada, experimentada e testada em sala de aula. Ao mesmo tempo, inconscientemente no processo da mente criativa, novas conexões estão sendo realizadas de forma involuntária e novos problemas são explorados. Ou seja, a criatividade é um processo contínuo. E por ter essa configuração, ela pode ser estimulada e incentivada para que continue se movimentando livremente.
A educação e o processo de criatividade
A realidade em que vivemos nos demanda uma rotina de alta produtividade e nos coloca em um cotidiano repetitivo. Nesse ciclo é difícil se manter criativo. Ao mesmo tempo, os padrões de consumo e o mercado estão em constante transformação, exigindo habilidades adaptativas e resilientes para encararmos o futuro incerto que está programado.
Novas ideias e soluções precisam de espaço para serem acolhidas e o ser humano por trás delas precisa se adequar a esse processo. Quem não inovar e for criativo ficará para trás. É por isso que a educação é uma grande aliada para o processo contínuo da criatividade. Oferecer um ambiente lúdico e seguro para a construção da confiança dos alunos neles mesmos assegura uma rotina criativa.
A metodologia ativa de aprendizado é um conjunto de estratégias pedagógicas que buscam soluções para tornar o aluno ativo na sua aprendizagem em práticas de sala de aula. Esse método de ensino estimula a criatividade ao oferecer atividades e projetos que, além de dar protagonismo aos alunos, tem como objetivo desenvolver habilidades que são a base para o processo criativo. Saber se comunicar, ter senso crítico e desenvoltura socioemocional são alguns dos pilares para o movimento do processo criativo.
Ferramentas inovadoras e criativas, quando utilizadas no contexto escolar, também possuem uma força potente. É o caso por exemplo dos Portfólios Digitais. Manter o registro das ideias e projetos produzidos pelos alunos faz com que os quatro estágios do processo criativo possam ser vistos e revistos. Além de manter registrado o produto final, a verificação, é possível anotar, filmar e salvar áudios contando todo o caminho da criação. Assim, ferramentas e metodologias escolares tem o poder de incentivar a continuidade da criatividade, mesmo nos dias mais nublados.
Soluções EXP para a criatividade
Conheça as soluções EXP para a educação. A base para a aprendizagem e a criatividade contínua andam juntas e estão em algumas das nossas ferramentas. O Portfólio Digital Bulb, pensado especialmente para o contexto escolar, eleva o registro e o compartilhamento de ideias e projetos para outro nível; enquanto os nossos materiais elaborados por profissionais da educação TransForMe, estimulam a criatividade por meio do ensino bilíngue.
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Texto escrito por:
Gabriela Nascimento
Redatora da EXP