Ao pensarmos no futuro da educação pós-pandemia, muitos questionamentos surgem, não só na cabeça dos educadores, como também na de todos os agentes envolvidos nesse processo.
As famílias se perguntam quando as aulas retornarão, como será a nova realidade no momento em que isso acontecer, se os filhos estarão realmente seguros, se conseguirão acompanhar o conteúdo e se estarão aptos a aprender e estudar como antes. Os professores, por sua vez, precisaram inovar e se reinventar, utilizando ferramentas que, antes, não faziam parte da sua rotina. Muitos conseguiram se adequar, mas outros tiveram dificuldades – e até mesmo resistência – para utilizar a tecnologia. Diante dessas questões, fica, então, a dúvida: será que conseguirei ser um bom mestre? Estarei apto a aplicar esses recursos em sala de aula e atingir os objetivos educacionais propostos?
Nesse contexto, há também os gestores, que ainda estão em busca de um planejamento que melhor se adapte a esse momento diferente. O objetivo deles é entender como professores e estudantes poderão aprender e ensinar com o menor impacto possível em uma nova realidade na qual a tecnologia não só estará presente, como também exigirá outras formas de se relacionar e estar “junto”. Além disso, novas habilidades emocionais serão indispensáveis a todos esses agentes.
Felizmente, existem várias ferramentas e soluções que podem contribuir com esse processo. Os gestores, por exemplo, podem buscar a ajuda de consultorias especializadas para desenhar esse novo modelo educacional e, com isso, identificar os recursos a serem utilizados nas aulas.
Um bom exemplo são os portfólios educacionais, que dispõem de conteúdos e ferramentas de todas as áreas e podem ajudar os estudantes a expandirem seu conhecimento, extrapolando as paredes da sala de aula. Caso seja interessante para a instituição, também podem ser produzidos conteúdos específicos, destinados a atender a sua demanda. É possível, ainda, locá-los, pois existem no mercado produtoras especializadas na oferta de conteúdos para cursos e disciplinas ministradas a distância. Assim, o ensino híbrido ganha corpo e robustez ao disponibilizar conteúdos de qualidade que respeitam a carga horária e os objetivos propostos, conforme cada realidade educacional.
O que o futuro da educação nos reserva? Ainda é cedo para saber, mas é fato que, em todos os âmbitos da nossa vida, ainda teremos muitas dúvidas, incertezas e possibilidades. Resta-nos perceber como lidar com tudo isso e como nos adequar a essa realidade que nos foi imposta de forma tão rápida e brutal. Precisamos descobrir, ainda, como nos tornar novas pessoas, sem deixar passar a oportunidade de sermos indivíduos melhores, voltados para o que realmente importa e capazes de extrair dessa situação o melhor que ela pode oferecer.
Nalva Rosa, Jornalista.
Publicado em 11/11/2020