A avaliação é um assunto de extrema importância em todos os níveis escolares. No nível médio, porém, ganha uma relevância ainda maior, pois é nessa fase que os estudantes estão se preparando para entrar na universidade e precisam decidir o rumo profissional que seguirão. No Brasil, a forma de ingresso no nível superior ainda é bastante conservadora e sofre muitas críticas por parte de educadores e teóricos. Muitos defendem que esse sistema deveria ser muito mais amplo e abranger, de forma mais completa, a compreensão do que o futuro universitário almeja. Para essa tarefa, uma simples prova não seria suficiente.
Hoje, no Brasil, o ENEM é a principal porta de entrada para o nível superior e leva milhares de jovens a se prepararem exaustivamente para responder às questões e conseguir uma boa nota. No entanto, o que os estudiosos pregam é que uma avaliação dessa amplitude deveria buscar compreender o perfil do estudante a partir de uma visão holística sobre suas habilidades e competências. Deve, ainda, ir mais além, buscando entender se ele realmente está ciente de seus pontos fracos e fortes e do que precisa para se desenvolver ainda mais.
Outros países fazem isso de forma muito eficiente, avaliando todo o histórico estudantil dos futuros acadêmicos. Essa avaliação vai além das notas das provas: busca conhecer, também, as aptidões do jovem em outros campos da vida. Com isso, o próprio estudante é incentivado a construir seu portfólio durante todo o seu estudo, que é agregado a outras atividades, como voluntariado, participações esportivas, atividades empreendedoras e de liderança, entre outras.
Assim, o jovem consegue direcionar seus esforços para práticas que visam a uma carreira que mais se encaixe em seu perfil e, então, buscar uma universidade que lhe ofereça as ferramentas para isso. Já no Brasil, os estudantes são forçados a se preparar para uma prova que não os avalia como cidadãos e não os incentiva a desenvolver habilidades que extrapolam os muros escolares.
Vemos, então, que nosso sistema educacional precisa evoluir e mudar bastante, a fim de não só capacitar os futuros profissionais para o mundo do trabalho como também levá-los a enxergar as possibilidades que o amanhã lhes proporciona.
Para saber mais, veja o vídeo a seguir no qual as professoras Maria Inês Fini e Lara Crivelaro discutem sobre o tema.